Rogério Ceni explica ausência de garotos que começaram o ano com oportunidades
Entre os 20 clubes que disputam o Campeonato Brasileiro, Bahia e Fortaleza são os que menos usam jogadores formados nas próprias divisões de base. Cada um dos tricolores mandou para campo apenas um atleta revelado em casa. A lista elaborada pelo Espião Estatístico é liderada por Corinthians e Fluminense.
Clubes da Primeira Divisão X Jogadores da base usados na Série A:
- Bahia e Fortaleza: 1
- Atlético-GO, Cuiabá e Vitória: 2
- Internacional e Juventude: 4
- Botafogo, Bragantino e Criciúma: 5
- Vasco: 6
- Cruzeiro: 7
- Atlético-MG e Flamengo: 8
- Athletico-PR e São Paulo: 10
- Grêmio e Palmeiras: 11
- Fluminense: 12
- Corinthians: 16
Ao longo das 17 rodadas já disputadas, Gabriel Xavier foi o único jogador made in Cidade Tricolor a entrar em campo pelo Bahia, embora outros tenham sido relacionados para as algumas partidas.
Ao longo da temporada a presença da divisão de base no Bahia é um pouco maior. Ryan fez parte do elenco principal até ser emprestado ao CRB na semana passada. Além dele, outros jogadores com idade sub-20 participam da rotina com Rogério Ceni e ganharam minutos em diferentes competições. São os casos de Roger, Sidney, Thiago e Jota.
Na derrota para o Cuiabá, no último fim de semana, o atacante Thiago foi opção no banco de reservas. Depois da partida, Rogério Ceni falou sobre o pouco aproveitamento dos garotos da base e justificou o espaço perdido nos últimos meses. Ele citou lesões e a convocação de Roger para a Seleção Brasileira Sub-17.
– Roger está na Seleção, Thiago relacionado. Jota e Sidney vem de lesões recentes, estavam se recuperando – explicou o treinador.
Fora Gabriel Xavier, que tem status de titular, o último jogador da base utilizado por Rogério Ceni foi Jota. O meio-campista ganhou alguns minutos em campo no jogo de volta da semifinal do Campeonato Baiano, quando o Bahia venceu o Jequié por 4 a 1 na Fonte Nova.
Antes do início do Campeonato Brasileiro era mais comum os garotos da base ganharem a atenção do treinador. Roger, por exemplo, chegou a ter destaque ao participar com uma assistência decisiva no último de Bahia 2 x 1 Sport, pela fase de grupos da Copa do Nordeste.
Futuro
Enquanto o presente é de pouco aproveitamento das divisões de base, Rogério Ceni projeta um futuro em que os jogadores made in Cidade Tricolor sejam mais numerosos no elenco. Vale lembrar que desde a venda da SAF ao Grupo City, o próprio Bahia projeta ter a melhor divisão de base do Brasil no período de dez anos.
– Acho que, na minha opinião, gostaria que a gente tivesse, no futuro tem que ter 30, 40% do elenco da base, mas temos que alcançar um nível técnico que eles possam entregar no Brasileiro. É um objetivo do clube, que vai fazer o Bahia seguir firme, com o passar do tempo é muito importante. É fundamental. Palmeiras talvez seja o maior exemplo no momento – afirmou o treinador.
– O maior objetivo que nós temos é inserir o maior número de jogadores de base, promover minutos e expor no mercado com venda futura – completou Rogério Ceni.
Com Gabriel Xavier suspenso, a tendência é que o Bahia vá para campo sem nenhum jogador da base na próxima rodada. Cenário que não acontece desde a estreia do Tricolor nesta edição do Campeonato Brasileiro, em derrota para o Internacionnal.
O próximo adversário do Bahia na Série A será o Corinthians. O confronto está marcado para as 16h deste domingo (horário de Brasília), na Arena Fonte Nova.